sexta-feira, 21 de maio de 2010

Deus visitou minha morada



Quando vem a notícia que um amigo de um cervejeiro vai visitar a Bélgica, é quase como dizer a um sacoleiro que vai ao Paraguai. E o pedido à ele foi bem direto: "traga uma Deus"! Existe toda uma mística sobre esta tal cerveja com uma segunda fermentação feita no método de uma champagne. O custo de uma garrafa no Brasil fica média dos R$200,00, mas lá ela é encontrada na faixa dos 20 a 30 euros. Bem melhor, não?


Após muito sofrimento para voltar da viagem em virtude do vulcão islandês, chegou até aqui, na minha humilde casa, uma Deus Brut des Flandres. A expectativa era bem grande, e para acompanhar merecia algo especial. Assim, preparamos pizzas (com massa caseira, é claro) de dois sabores: marguerita e gorgonzola com pera. Sabores leves, que imaginamos combinar bem com a leve e borbulhante loura belga.
Pronta a pizza e bem gelada a Deus, não perdemos mais tempo. A garrafa, a rolha, é tudo como uma champagne mesmo, não se nota qualquer diferença. Após a explosão na abertura, que logicamente não foi como Fórmula 1, os copos foram servidos e partimos para o brinde:

"A Deus!"



O primeiro gole foi tenso, talvez. Afinal, como seria a tal cerveja? Mas antes disso, vamos à primeira impressão visual. Ao servir o primeiro copo ela quase transbordou, como um espumante deve ser. Com a aparência acontece a mesma coisa, mas com uma exceção: ela não és esverdiada, tem a cor dourada de uma cerveja mesmo, só que borbulhante. Tomado o primeiro gole, temos a certeza de que estamos tomando algo especial, diferente de tudo. Ela é bastante leve e tem um forte sabor frutado. Amargor mesmo não há praticamente nenhum, ela é inclusive uma cerveja bastante adocicada. A combinação com a pizza foi interessante, e ela é uma cerveja que pede um acompanhamento. Ao contrário do champagne, ela pede um acompanhamento, pois chega a ser um pouco enjoativa ao ser tomada sozinha. Após o terceiro copo, confesso que me veio um gosto marcante de licor de anis.


Afinal, como descrever esta bebida? Bem, ela é produzida na Bélgica como uma cerveja mesmo, uma clara ale. Após isto, ela é leva para a França, onde aquela matéria prima (fermentada e maturada) é tratada como uma champagne mesmo. Ela recebe uma nova fermentação na garrafa e mais açúcar para chegar-se a um resultado como este. É um trabalho demorado e cuidadoso, e que a torna tão única. Talvez ela não seja bem uma cerveja, tampouco um espumante. O que será?

Fica aqui um brinde à Bélgica e suas bebidas maravilhosas. E quem puder bebê-la, não perca a chance, é uma experiência que inesquecível.

2 comentários:

  1. Perdi essa chance, mas da próxima você não me escapa! Uhahahhaha

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  2. Casa abençoada por Deus e bonita por natureza, mas que beleza!!!! rsss

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