domingo, 23 de maio de 2010

Eletrobomba na filtragem e lavagem do mosto

Recentemente, falamos de como montar uma eletrobomba, dos cuidados na compra e nas conexões com as mangueiras e a parte elétrica. Sabendo que a tarefa não é das mais simples, chegou a hora de dar um uso à engenhoca e fazer valer o esforço.

Antes de sair colocando a bomba no processo, é recomendável testar para ver se está tudo funcionando como esperado. Para isso, recomendamos conectar a bomba na panela e encher de água até a boca. Encher só um pouco não é um teste completo, pois a coluna hidrostática pode não ser grande o suficiente para dar a pressão que ocasionaria um vazamento quando a panela estiver cheia de mosto. Feito isso, ligamos a bomba e recirculamos a água para a panela. Se não houver nenhum vazamento, a bomba não desligar por um bom período e a vazão de retorno da água for boa o suficiente, estamos prontos para usar nas nossas brassagens.
Pelo teste sugerido acima, já sabemos qual a primeira utilidade da eletrobomba no processo: filtragem e lavagem do mosto. Os amigos cervejeiros caseiros que utilizam panela com fundo falso para filtragem e lavagem do mosto antes da fervura, sabem como é entediante e penoso ficar enchendo uma vasilha com o mosto e jogando de volta na panela com uma escumadeira. Este processo leva longos minutos e a eletrobomba torna esta etapa mais eficiente e podemos até ir tomando uma cervejinha enquanto a etapa acontece. Na foto acima, vemos como fazer sem a eletrobomba e abaixo o vídeo mostra a mesma etapa com o auxílio da maquininha.



Agora que sabemos como usar, vamos discutir alguns detalhes da utilização para não fazer aquela lambança na cozinha da dona patroa e tudo sair como som de Tim Maia. Primeiro de tudo, a maioria das eletrobombas tem uma posição correta para funcionar. É importante que a bomba esteja na posição exata e apoiada para a recirculação sem acidentes. Outro detalhe é que as eletrobombas não são equipadas com variadores de freqüência para regular a potência do equipamento. Assim, ou a bomba está ligada na máxima ou desligada. Devemos regular a vazão do processo com a válvula da panela.

Uma outra dica um pouco menos óbvia é deixar a bomba sempre um nível um pouco abaixo da panela. As bombas são de potência reduzida e quando as posicionamos um pouco abaixo, o líquido já chega com alguma velocidade, facilitando o trabalho dela. É covardia querer que a bomba funcione como uma booster, qualificação dada na indústria aos equipamentos que tiram os fluidos da “inércia” (definição adaptada e acoxambrada). O efeito é semelhante ao se o pingüim abaixo não estivesse andando: o pedala teria que ser bem mais forte para o mesmo efeito! Ehehehe
Este é um dos usos que damos à eletrobomba no nosso prazeroso processo cervejeiro. Sem dúvidas, é uma das formas de usar na filtragem e lavagem e há outras que podem se adequar mais a outros amigos. Vamos assim melhorando as nossas brassagens e fazendo cervejas cada vez melhores, em menos tempo e maior quantidade!

Apesar de bastante útil, temos um uso que gostamos mais para esta gambiarra. Mais isso fica para outro post. Ficamos por aqui. Um abraço!

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