sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Montagem da planta, parte III: Engates rápido e bomba

Chegamos ao post final sobre a montagem (upgrade) dos nossos equipamentos. É importante ter entendido e se conscientizado da importância da padronização das conexões e mangueiras para entender a facilidade e rapidez de montagem que isto traz aos equipamentos. Conversamos bastante sobre isso na parte II deste série.

Aplicamos a mesma filosofia de padronização à bomba. No post que mostramos a montagem da eletrobomba, vemos como esta filosofia não foi seguida, já que temos uma mangueira de 1 e 1/2" na sucção da bomba. Nós sabemos bem a quantidade de problemas que isto nos trouxe. Aproveitamos, então, para acabar com isso. Tiramos a peça de plástico que ficava ali e conectamos a mangueira diretamente no tubo da bomba, de diâmetro bem menor. Apesar de menor, o tubo era um pouco maior do que 3/4". Para encaixar, fica a dica de dilatar a mangueira com água quente. É só esquentar água, esquentar a mangueira e ir arregaçando um pouco. Para pequenos ajustes, é um técnica valiosa. Finalmente, os 2 espigões de 3/4" e rosca macho na entrada e saída da bomba, como é visto na foto abaixo.

Novo arranjo da bomba, ainda sem 1 dos espigões
Além disso, aproveitamos para refazer as conexões elétricas. É importante que os terminais estejam bem fixos e o interruptor (meio-de-fio) esteja com um contato bom. Isto estava meio capenga e estava difícil ligar a bomba, além dela ficar desligando toda hora. Vale a pena dar uma atenção à parte elétrica. Se ficar mais ou menos, refaça, senão, vai sofrer.

Dando um jeito nas conexões elétricas

O vídeo abaixo sintetiza tudo que foi feito na planta; os ganhos da padronização, a velocidade e facilidade da montagem. Sem dúvida, a cereja do bolo que facilita tudo é o espigão com engate rápido de 3/4". É só  puxar a mola e encaixar a mangueira. Mesmo sem braçadeira, é muito estanque por causa da junta de borracha na rosca fêmea. Fanfarronices à parte, ficamos muito satisfeitos com o resultado.


Depois de um longo e produtivo dia de trabalho, nada mais justo do que uma recompensa à altura: Falke Tripel Monasterium para o Homini Lúpulo!


Saúde e até a próxima!

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Montagem da planta, parte II: Padronização de conexões e mangueiras

Quem vem acompanhando a série de posts sobre a montagem da planta, deve ter reparado a quantidade de equipamentos e conexões de 3/4" citadas. Pode parecer um detalhe bobo, mas um erro de padronização nas conexões dos equipamentos pode se tornar uma dor de cabeça imensa, que vai incomodar todas as vezes que formos fazer cerveja. 

O Homini Lúpulo conhece este sofrimento na pele e com esta experiência aproveitou a ampliação de capacidade para acertar tudo que estava mais ou menos, gambiarras. Estes problemas se traduziam em mosto derramado, vazamentos, chão melado, grande perda de tempo para montar e desmontar equipamentos, enfim, um inferno.

A estratégia para resolver tudo isso passa necessariamente pela padronização. Os equipamentos podem ter diâmetros diferentes. Nosso chiller, por exemplo, tem diâmetro diferente da válvula da panela, que é diferente da sucção e da descarga da bomba. Como tudo vai ser conectado, em algum ponto os diâmetros precisam encaixar. E não tem local melhor para fazer as equalizações de diâmetro logo no equipamento.

Até agora, fomos muito teóricos e nada melhor do que um exemplo para mostrar do que estamos falando. Na foto abaixo, vemos nosso chiller na montagem antiga. As mangueiras mais finas saíam do chiller e eram emendadas na mangueira mais grossa. A gambiarra era certeza de vazamento e dificuldade de montagem. Montava, ficava vazando, parava, apertava braçadeira, montava de novo.

Chiller na montagem antiga

Matando o problema logo nas saídas e entradas dos equipamentos, não precisamos ficar preocupados com qual mangueira vai encaixar em que lugar na hora de fazer a cerveja. Além disso, uma outra filosofia a se manter é que a saída dos equipamentos é sempre rosca macho. Assim, todas as mangueiras ficam iguais, roscas fêmeas de 3/4" que podem ligar qualquer equipamento a um outro. Finalmente, você não vai precisar ficar com uma chave de fenda abrindo e apertando (sic) braçadeiras na hora de fazer a cerveja.

Na nova montagem do chiller, fica evidente a padronização. A mangueira mais fina é conectada ao chiller e apertada com a braçadeira. Nas duas pontas, o espigão é um redutor de 3/4" para 1/2". As duas extremidades ficam livres para serem rosqueadas por qualquer mangueira de 3/4" com conector fêmea.

Quem se lembra do post sobre resfriamento do mosto após a fervura, sabe que na primeira etapa o chiller precisa ser conectado a água corrente a temperatura ambiente. Com este novo arranjo, é possível rosquear a mangueira à torneira do tanque, se esta tiver uma rosca de 3/4". Como eu tinha uma torneira destas sobrando, aproveitamos e trocamos a torneira do tanque. Antes, a mangueira ligada ao tanque ficava caindo toda hora, atrapalhando o resfriamento que tinha que parar toda hora. Agora esta conexão está firme e não solta por nada. Mais um ganho da padronização dos diâmetros e conexões adequadas.

Assim como o chiller, a panela tem um nipple de 3/4" rosqueado em sua válvula. O mesmo vale para a bomba. No próximo post daremos um exemplo ainda mais claro de como ficou muito mais fácil e rápido fazer cerveja, principalmente com o toque final dos espigões engates rápidos de 3/4".

Um abraço e até lá!

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Montagem da planta, parte I: Bazooka

Com as compras do post anterior, estamos prontos para montar o novo equipamento cervejeiro. Alguns colegas cervejeiros já fizeram a sua própria bazooka e o Homini Lúpulo resolveu encarar o desafio.

O elemento filtrante é a malha de aço das mangueiras utilizadas nas instalações caseiras de aquecedores a gás. Basicamente, esta mangueira consiste em uma malha de aço protegendo uma mangueira flexível de cobre com roscas fêmeas na extremidades.

Para usar a malha de aço, precisamos retirar a mangueira de cobre do seu interior. Para fazer isso, temos então que cortar a peça nas pontas para retirar as roscas em que a mangueira de cobre é presa. Para isto, utilizamos uma serrinha de arco, como pode ser visto nas fotos abaixo.

Retirando malha de aço da mangueira de gás.

Assim que cortamos uma das extremidades, vemos a mangueira de cobre que fica protegida pela malha. Depois de cortar a outra extremidade, é só puxar a parte de cobre do interior da peça que ficamos apenas com a malha de aço, nosso elemento filtrante da bazooka.


Retirar a malha de aço é, sem dúvida, a parte mais penosa. Feito isto, rosqueamos os 2 espigões no T de 3/4". Depois, rosqueamos o T no tubo rosqueado no interior da panela. Finalmente, conectamos a malha de aço ao espigão e aparafusamos as braçadeira. Nas fotos abaixo vemos esta seqüência.

T de 3/4"T de 3/4" com espigões

T de 3/4" rosqueado na panela, com malha conectada

Bazooka pronta instalada na panela

Montar uma bazooka em casa é, além de econômico, bastante simples. Em menos de meia hora dá para fazer! No próximo post, daremos prosseguimento à montagem da nossa nova planta.

Um abraço e até a próxima!

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