quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Montagem da planta, parte II: Padronização de conexões e mangueiras

Quem vem acompanhando a série de posts sobre a montagem da planta, deve ter reparado a quantidade de equipamentos e conexões de 3/4" citadas. Pode parecer um detalhe bobo, mas um erro de padronização nas conexões dos equipamentos pode se tornar uma dor de cabeça imensa, que vai incomodar todas as vezes que formos fazer cerveja. 

O Homini Lúpulo conhece este sofrimento na pele e com esta experiência aproveitou a ampliação de capacidade para acertar tudo que estava mais ou menos, gambiarras. Estes problemas se traduziam em mosto derramado, vazamentos, chão melado, grande perda de tempo para montar e desmontar equipamentos, enfim, um inferno.

A estratégia para resolver tudo isso passa necessariamente pela padronização. Os equipamentos podem ter diâmetros diferentes. Nosso chiller, por exemplo, tem diâmetro diferente da válvula da panela, que é diferente da sucção e da descarga da bomba. Como tudo vai ser conectado, em algum ponto os diâmetros precisam encaixar. E não tem local melhor para fazer as equalizações de diâmetro logo no equipamento.

Até agora, fomos muito teóricos e nada melhor do que um exemplo para mostrar do que estamos falando. Na foto abaixo, vemos nosso chiller na montagem antiga. As mangueiras mais finas saíam do chiller e eram emendadas na mangueira mais grossa. A gambiarra era certeza de vazamento e dificuldade de montagem. Montava, ficava vazando, parava, apertava braçadeira, montava de novo.

Chiller na montagem antiga

Matando o problema logo nas saídas e entradas dos equipamentos, não precisamos ficar preocupados com qual mangueira vai encaixar em que lugar na hora de fazer a cerveja. Além disso, uma outra filosofia a se manter é que a saída dos equipamentos é sempre rosca macho. Assim, todas as mangueiras ficam iguais, roscas fêmeas de 3/4" que podem ligar qualquer equipamento a um outro. Finalmente, você não vai precisar ficar com uma chave de fenda abrindo e apertando (sic) braçadeiras na hora de fazer a cerveja.

Na nova montagem do chiller, fica evidente a padronização. A mangueira mais fina é conectada ao chiller e apertada com a braçadeira. Nas duas pontas, o espigão é um redutor de 3/4" para 1/2". As duas extremidades ficam livres para serem rosqueadas por qualquer mangueira de 3/4" com conector fêmea.

Quem se lembra do post sobre resfriamento do mosto após a fervura, sabe que na primeira etapa o chiller precisa ser conectado a água corrente a temperatura ambiente. Com este novo arranjo, é possível rosquear a mangueira à torneira do tanque, se esta tiver uma rosca de 3/4". Como eu tinha uma torneira destas sobrando, aproveitamos e trocamos a torneira do tanque. Antes, a mangueira ligada ao tanque ficava caindo toda hora, atrapalhando o resfriamento que tinha que parar toda hora. Agora esta conexão está firme e não solta por nada. Mais um ganho da padronização dos diâmetros e conexões adequadas.

Assim como o chiller, a panela tem um nipple de 3/4" rosqueado em sua válvula. O mesmo vale para a bomba. No próximo post daremos um exemplo ainda mais claro de como ficou muito mais fácil e rápido fazer cerveja, principalmente com o toque final dos espigões engates rápidos de 3/4".

Um abraço e até lá!

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