segunda-feira, 12 de julho de 2010

Café na cerveja: o resultado


Como já foi postado anteriormente, na nossa segunda leva de Porter optamos por utilizar café no envase. Após muita espera, vamos ao resultado.


Por ser uma cerveja já naturalmente bem escura, o café não mudou praticamente nada na aparência delas, só mesmo no saber e no aroma. A cerveja sem nenhum café, "P zero", devido ao malte Carafa (torrado) ficou com uma notinha de café, mas algo bem leve. Ficou bem saborosa e com bela apresentação, como podem ver na foto. Ficou bem próxima da nossa primeira Porter, um bom sinal.


Na P1, com pouco café, já se nota um sabor e aroma de café bem presentes, mas com suavidade. É um sabor um pouco diferente do nosso cafezinho tradicional, muito porque o café que utilizamos não foi fervido, o que dá um outro paladar. Percebe-se o sabor e o aroma bem próximo daquele que sentimos quando abrimos o saco com o pó do café, e não o cheiro do café quente e pronto. A cerveja ficou bem interessante, e creio que agrada a todos, até mesmo os que não tem o hábito de beber café.


E por último, uma grata surpresa. A P2 ficou com um gosto bem forte de café, e no primeiro gole tivemos logo a sensação: exageramos. O Eduardo, menos chegado na cafeína, quase fez cara feia logo que provou. O gosto ficou bem marcante e o aroma bem forte, o que já esperávamos. Agora, o que o Eduardo não esperava era a agradável harmonização da P2 com um docinho de chocolate com coco. Simplesmente, o paladar mudou, o adocidado se misturou ao forte café e criou um experiência muito agradável. E aí, o nosso amigo Eduardo voltou a sorrir. A noção do exagero sumiu ao passar dos goles e sensação de estranheza deu lugar ao prazer de uma deliciosa sobremesa.


Para quem pensa em fazer esta experiência, as quantidades utilizadas estão no post anterior. Se está buscando um forte sabor de café, procure algo próximo da nossa P2, mas talvez ela tenha ficado até acima do limite para se tomar pura (recomendada para harmonização e para adoradores de café). Perto da quantidade mínima recomendada por Randy Mosher, na P1 o sabor fica bem presente, mas suave. Agora, a certeza, ainda mais com a utilização de café, é que a combinação com doces para a Porter é sensacional. Foi bem com brigadeiro, coco com chocolate. Ela se torna muito mais preciosa combinando forças.



Em breve, vídeo da primeira parte da degustação de cervejas de trigo.

Até lá

2 comentários:

  1. Parabéns pela cerveja. Muito interessante essa idéia do café. Hoje mesmo transferi minha primeira cerveja para o fermentador secundário e senti o prazer que é fazer cerveja caseira. Queria agradecer pelo blog, uma de minhas fontes de pesquisa e inspiração para iniciar na produção artesanal de cervejas. Grande abraço e boas cervejas, sempre!!!

    http://blackbrewer.blogspot.com
    Claudio Castello.

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  2. Isso aí Graça, ficou show a Porter mesmo. Eu acho que das nossas receitas é das melhores, competindo com a Pale Ale. Eu que sou bem chegado num café fico com a P2!

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